segunda-feira, 16 de julho de 2012


Fantasmagórico acaso


É capaz de amar e de odiar com igual dissimulação.
Considerar impertinência a retribuição desse amor, ou desse ódio.
Isso faz parte de uma real humanidade.
Que precisa se tornar humana.
Perante aquela tarde em que chovia gotas de um sangrar.
Pelo grito sem razão.
Pela dor sem razão.
Pela dor sem emoção,
pela tristeza que ao reger grande parte de sociedade 
a sociedade chora sem lágrima que vive respirar.
Há cinco minutos atrás estava mergulhando.
Naquele jeito em que é vivido.
Um dia sem pôr do sol.
Uma manhã sem amanhecer.
Um mar sem vida.
Na extrema e fantasmagoria forma que é, ser olhado pelo olhar vindo daquele medo.
Feito de um acaso.

(Karem Roberta Miranda de Sousa e Maiza Alves de Paula)









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