Fantasmagórico
acaso
É capaz de
amar e de odiar com igual dissimulação.
Considerar impertinência
a retribuição desse amor, ou desse ódio.
Isso faz parte
de uma real humanidade.
Que precisa se
tornar humana.
Perante aquela tarde em que
chovia gotas de um sangrar.
Pelo grito sem razão.
Pela dor sem razão.
Pela dor sem emoção,
pela tristeza que ao reger grande
parte de sociedade
a sociedade chora sem lágrima que vive respirar.
Há cinco minutos atrás estava
mergulhando.
Naquele jeito em que é vivido.
Um dia sem pôr do sol.
Uma manhã sem amanhecer.
Um mar sem vida.
Na extrema e fantasmagoria forma
que é, ser olhado pelo olhar vindo daquele medo.
Feito de um acaso.
(Karem Roberta
Miranda de Sousa e Maiza Alves de Paula)
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